sexta-feira, 1 de maio de 2015

Capitulo 1

Aquele pesadelo estava acontecendo de novo. Eu estava trancada no meu quarto, com as braços abraçados ao meu joelho, o rosto encostado no mesmo e tentava tapar os ouvidos com as mãos. Mesmo com a tentativa de não ouvir nada que vinha da sala, era inevitável. Eu podia ouvir os gritos da minha mãe, pedindo para aquele monstro parasse de machuca-la e ele só a batia, como se ele não ouvisse absolutamente nada dos pedidos de socorro dela.
Foi então que, criei coragem, abri a porta do meu quarto com um pedaço de madeira a tira colo que deixei escondido no meu quarto. Gritei: – Se você não parar de bater na minha mãe agora, eu acabo com você.

Meu coração estava acelerado. Eu estava morrendo de medo. Não sabia o que meu pai tinha se tornado. Ou melhor, o que a bebida tinha feito com ele. Era aterrorizante ter que falar com ele naquele tom.
Jorge: Ah, é!? Jura, Manuela? – Ele virou-se de frente para mim e o tom de ironia em sua voz era perceptível. O cheiro de bebida era forte. Olhei para minha mãe, deitava no canto da sala, com o olho direito roxo e a testa sangrando. Foi o fim para mim. – O que você pretende fazer? Me acertar com esse pedaço ridículo de madeira? E depois? – Ele fez uma pausa, olhou para minha mãe e depois volto a me olhar. – Você sabe muito bem que o que está por vir, vai ser muito pior... Então, vai. Siga em frente.
Eu tremia e lágrimas escorriam dos meus olhos. Ele tinha se tornado um monstro, um doente. Como alguém muda tanto? Como alguém que era totalmente entregue a família e ao trabalho se entra pro álcool assim? Eu demorei aproximadamente 20 segundos depois do discurso do meu pai e então dei uma paulada em sua cabeça.
Ajudei a minha mãe se levantar. Ela estava completamente apavorada.
Manuela: Vou arrumar um jeito de te levar pro hospital ou então, vou chamar uma ambulância.
Carla: Não. Não, Manu. Não faz isso. – Ela gemeu de dor após ter dito isso e colocou a mão na barriga, no intuito de amenizar a dor.
Manuela: Olha o seu estado, mãe. Por favor. Ele não pode continuar fazendo isso com você. Comigo. Com a gente. Por todos os santos que a senhora ora, vamos ao hospital.
Carla: Chegando lá, eu vou falar o que? Como vou explicar como me machuquei tanto? Eu não posso, filha.
Manuela: Mãe, pelo amor de Deus. A senhora vai permitir mesmo que ele continue fazendo o que faz? – Levantei a blusa dela e pude ver como estava roxo e haviam outras marcas de outras brigas. – Olha pra você. Olha esses machucados. Olha pra mim. – Foi então que eu virei de costas e levantei a minha camiseta. Haviam marcas de espancamento por toda parte. Virei de frente e mostrei também os ferimentos nas coxas. – Chega, mãe. Chega desse inferno. Eu não aguento mais... – Eu comecei a chorar e a abracei.
Carla: Eu não posso, meu amor. – Ela levou a mão direita pro meu cabelo e fez carinho enquanto falava. – Ele é seu pai e meu marido. Eu não posso entregá-lo assim para a polícia. Ele vai mudar. Eu acredito. Você também deve acreditar. Pela família.

Personagens



Manuela Ferreira Bosi. 17 anos. Estatura média, loirinha. Tem um corpo incrível e invejado por toda mulher. Ela arranca olhares por onde passa por ser tão bonita. É impossível passar por ela e não olhar de novo. Toma a difícil decisão de sair de sua humilde casa depois de tanto apanhar e ver sua mãe sofrer na mão do próprio pai. Sua vida vai tomar um rumo totalmente diferente do que ela pretendia após conhecer Flávia nas ruas de São Paulo.
Flávia Ponte, 17 anos. É loira e linda. Tem um corpo maravilhosa e arranca olhares por onde passa por ser alta e um "mulherão". Tem um rosto delicado. Entrou pro "ramo" da prostituição aos 15. Ao decorrer da história e após achar Manuela nas ruas de São Paulo, torna-se amiga de Manu.
Amanda Duarte. 18 anos. A mais velha e mais mau-humorada da casa, ou bordel, se você preferir. É alta, tem cabelos castanhos e a pele clara. Acha-se a "líder" de todas por ser a mais velha, mas perde o trono assim que Flávia está presente, pois foi ela que trouxe Amanda para o bordel.
Jackeline Andrade, mas com toda certeza do mundo, ela te daria um chute nas partes intimas se fosse chamada assim. Jack, só Jack. 17 anos. Ela era a única negra da casa. É alta e tem os cabelos todos enroladinhos. Personalidade forte, mas sem deixar de ser divertidíssima.
Bruna Siqueira tem 15 anos, a caçula do bordel. Apelidada de "Sufista", pela coincidência de chamar Bruna, assim como a famosa Bruna Surfistinha. É loira e tem um corpo que arranca olhares de todos os homens. Apesar da pouca idade dela, mas é baixinha. É de longe a mais "dada" da casa. Literalmente. Além do sentido sexual da coisa, ela é a que mais entrosa.
Luana Moraes, 17 anos. Fez questão de mudar de nome assim que chegou no bordel. Só aceita ser chamada de "Lua". É a "alternativa" da casa. Tem tatuagens por todas as partes do corpo e pinta o cabelo de uma cor diferente assim que cansa da atual (lê-se nas entre linhas: minimamente de 2 em 2 meses). É naturalmente morena. É alta e magra.
Guilherme Cardoso, 17 anos. É alto e tem o corpo bem marcados pelos músculos, mas sem ser muito exagerado. É moreno e é filho único da dona do bordel onde as meninas moram e trabalham. Não se orgulha nem um pouco do trabalho da mãe, mas cansou de opinar e não ser ouvido.

Felipe Rocha é loiro e tem olhos castanhos. É alto e tem um corpo definido na medida certa. 17 anos. Melhor amigo de Guilherme. Não tem noção do que acontece na casa da mãe do melhor amigo. Estuda junto com o Guilherme e Manuela. É louco pela Flávia.

Apresentando a Historia

Título: Puta Profissional.Sinopse: Manuela estava cansada de levar tantos murros de seu pai. O pior de tudo, era ver sua mãe numa situação pior do que a dela. Ela já havia implorado para que sua mãe denunciasse seu pai, mas a mãe se recusava. A mistura de medo e amor que ela sentia por aquele homem, impediam-na de seguir em frente com a denuncia. Manuela se cansou e decidiu sair de casa. Ela só não esperava que a prostituição a esperava.Recado: Haverá cenas de sexo explícito, já que a web é "hot".